sábado, 15 de setembro de 2007

AQUECIMENTO GLOBAL - UM FENÔMENO DE NATUREZA SISTÊMICA

O aquecimento global é o aumento sistêmico da temperatura terrestre, provavelmente, em decorrência da utilização industrial de combustíveis fósseis, resultando na acumulação excessiva, na atmosfera, de gases, como o dióxido carbono (CO2) e outros.

O Planeta Terra constitui um sistema físico (enfoque sistêmico) que abriga, na sua superfície, um conjunto de sistemas de natureza biológica, social e tecnológica, tudo envolvido pela atmosfera, trocando matéria e energia com o seu ambiente, ou seja, com o resto do Universo (visão ecológica), cuja temperatura é regulada pelo Efeito Estufa (perspectiva cibernética).

Em contraposição, grande parte do CO2, formada pelas combustões, pela respiração humana e, pela dos animais e das próprias plantas, é retirada da atmosfera, pela vegetação verde, através do processo da fotossíntese, a qual, além de sustentar a cadeia alimentar, assegura a existência de níveis de oxigênio compatíveis com a persistência da vida, na Terra.

Cerca de dois terços da radiação infravermelha, aportada na Terra, é por ela aprisionada, sob a forma de calor, enquanto, aproximadamente, um terço será refletido, retornando, novamente, para o espaço.

Se toda a energia solar, refletida pela Terra, fosse, realmente, para o “espaço”, nosso planeta seria tão frio e incompatível com a presença da vida.

Entretanto, gases como o dióxido de carbono (CO2) , metano, óxidos de nitrogênio e ozônio, existentes na atmosfera, (totalizando menos de 1% desta), possuem, pelo mecanismo conhecido como efeito estufa, a capacidade de reter, nela, a energia calorífica contida nos raios infravermelhos refletidos, mantendo, mais ou menos constante, a temperatura terráquea.

O Efeito Estufa, é, pois, um mecanismo de “feedback” (perspectiva cibernética), capaz de manter estável a temperatura da superfície do Sistema Terra (enfoque sistêmico), resultante da capacidade de determinados gases como o dióxido de carbono e outros, de retenção, na atmosfera, da energia calorífica, contida em, aproximadamente, um terço dos raios infravermelhos emitidos pelo Sol - uma estrela, situada no ambiente da Terra - (visão ecológica) e refletidos pela superfície terrestre.

Organização Sistêmica do Universo

Princípio do Universo Sistêmico



Vivemos em um mundo constituído por um cojunto de sistemas, portanto, em um Universo sistêmico.

Entre as definições de sistema, se inclui:

Sistema é um todo complexo e organizado; uma reunião de coisas ou partes formando um todo unitário e complexo”.


“O todo é algo mais que o simples somatório das partes, pois envolve, necessariamente, todas as relações entre seus componentes
".


Uma característica fundamental dos sistemas é a relação existente entre suas partes constituintes, possuindo aspectos que não são inerentes a cada um dos seus componentes, considerados isoladamente.

O todo se constitui, portanto, das partes integrantes do sistema, acrescidas das relações existentes entre elas.


Mediante a utilização do grande poder de síntese da Teoria Geral dos Sistemas, de Lwidg von Bertalanffy, podemos abranger tudo que existe no Universo, em apenas, quatro linhas de sistemas:


- um sistema físico que vai do átomo ao Universo físico;

- um sistema biológico - desde o vírus até ao homem;

- um sistema social - a partir da família até a sociedade planetária.

- um sistema tecnológico - iniciando com a flecha (ou outro instrumento ainda mais primitivo) para se chegar ao computador, como propõe Bertalanffy, mas nós podemos substituir este termo por complexas usinas computadorizadas ou mesmo, por engenhos espaciais.


Com fundamento nas idéias e conceitos, acima enumerados, formulamos o Princípio do Universo Sistêmico, constante de varios livros, inclusive de "Sistemismo Ecológico Cibernético", de autoria de Edson Paim e Rosalda Paim - 3a. edição - CEL INFORMÁTICA E EDITORAÇÃO - GRÁFICA E EDITORA SUL MINEIRA, VARGINHA, 2004.


O Princípio do Universo Sistêmico é definido, assim:

A Teoria Geral dos Sistemas, através de seu conceito de organização sistêmica dos seres vivos (Sistema Biológico), dos seres brutos (Sistema Físico), das associações humanas (Sistema Social) e dos instrumentos (Sistema Tecnológico) postula a idéia da existência de um universo sistêmico, um dos alicerces fundamentais do Sistemismo Ecológico Cibernético.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Planeta sobrevivente

13/09/2007 Agência FAPESP






Dentro de cerca de 5 bilhões de anos, o suprimento de hidrogênio no núcleo do Sol deverá se esgotar, causando um colapso gravitacional. A estrela se tornará então uma gigante vermelha, expandindo seu raio em mais de cem vezes, possivelmente “engolindo” Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
Esse parece ser o destino inevitável dos planetas interiores de qualquer sistema cuja estrela chega à fase de gigante vermelha. Mas um grupo internacional de cientistas acaba de descobrir um caso singular: um planeta com uma órbita semelhante à da Terra que sobreviveu à expansão de sua estrela.
A descoberta, publicada na edição desta quinta-feira (13/9) da revista Nature, foi feita por uma equipe coordenada por Roberto Silvotti, pesquisador do Observatório Astronômico de Capodimonte, em Nápoles, na Itália.
O gigante gasoso descoberto pela equipe de Silvotti é um caso inédito de planeta em órbita de uma estrela no último estágio de evolução – a fase de anã branca –, o que indica que resistiu à expansão estelar.
De acordo com os pesquisadores, em sua fase intermediária de vida, a estrela, conhecida como V 391 Pegasi, tinha massa semelhante à do Sol. Mas, por motivos ainda desconhecidos, a estrela teve sua camada de hidrogênio dissipada no fim de sua fase de gigante vermelha.
Durante a fase intermediária, o planeta estava a uma distância de 1 UA (unidade astronômica) da V 391 Pegasi – isto é, a mesma distância entre Sol e Terra. A expansão da gigante vermelha multiplicou por cem o raio original da estrela, que englobou 70% (0,7 UA) da distância planeta-estrela.
Mas, mais tarde, por razões desconhecidas, a estrela perdeu quase metade da sua massa, tornando-se uma subanã tipo B. Segundo os pesquisadores, o próprio planeta sobrevivente pode ter alguma influência nesse fenômeno.
Com a perda de massa, a força gravitacional da estrela foi reduzida e o planeta migrou para uma órbita mais distante, na qual está atualmente, de 1,7 UA. Os cientistas estimam que o planeta agora completa uma volta na estrela a cada 3,2 anos.
Segundo os pesquisadores, a descoberta de um sistema tão incomum representa uma oportunidade para entender melhor tanto as estrelas como os planetas.
Os autores apontam que a formação de estrelas subanãs de tipo B é muito pouco compreendida: 98% das estrelas que atingem a fase de gigante vermelha não são submetidas à catastrófica perda de massa característica da V 391 Pegasi.
O artigo A giant planet orbiting the "extreme horizontal branch" star V391 Pegasi, de Roberto Silvotti e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em http://www.nature.com/.

Fonte: AGÊNCIA FAPESP http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=7740


Observação do Blog:

A recente notícia demonstra como o pensamento sistêmico permite relacionar fenômenos que ocorrem em diferentes partes do Sistema Físico Universal, permitindo que conhecimentos, hauridos em qualquer parte do Universo, sejam induzidos para o Universo inteiro, ao mesmo tempo em que justifica a afirmação referente à organização sistêmica do Universo, proposta por Lwidg von Bertalanffy, em sua Teoria Geral dos Sistemas, da qual deduzimos o nosso "Princípio do Universo Sistêmico", que abordaremos na postagem seguinte.